
Jornalismo e territórios: fluxos, hegemonias e resistências
Organizadores
Marta Maia
Rafiza Varão
Vítor Belém
O filósofo espanhol Fernando Savater diz que na democracia podemos fazer absolutamente tudo, menos descansar. Em seus 21 anos, a Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo, mais do que incentivar a pesquisa nacional sobre a práxis e a teoria jornalísticas, tem mantido seu compromisso de permanecer como motor importante de fomento à cidadania, democracia e reflexão sobre o jornalismo no Brasil, de forma incansável. Foi assim que, pela primeira vez, o Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo teve sua sede em Belém do Pará, na região Norte do país, parte do grande sistema nervoso da Amazônia, território que hoje abriga a maior parte da população originária da Terra Brasilis, com 44,5% dos autóctones brasileiros. A Faculdade de Comunicação (FACOM) da Universidade Federal do Pará (UFPA) sediou o 22º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, de 6 a 8 de novembro de 2024, com o tema “Jornalismo e territórios: fluxos, hegemonias e resistências” – voltando-se às ponderações e meditações sobre as diversidades em um país continental como o Brasil, seus territórios repletos de idiossincrasias e semelhanças, suas lutas díspares e coletivas, seus movimentos contínuos na formação de si mesmo e, claro, do campo do jornalismo. Dessa vez, pesquisadores e pesquisadoras, de graduação e pós-graduação, se reuniram nas imediações do rio Guamá, que banha a UFPA, para acompanhar a vasta programação que, além das tradicionais sessões acadêmicas, trouxe também atividades culturais e apresentações típicas da região, como o carimbó. Comunicações Livres, Sessões Coordenadas, Sessões das Redes de Pesquisa, minicursos, oficinas, o Seminário da Pós-Graduação em Jornalismo (PosJor), o Prêmio Adelmo Genro Filho (PAGF), conferências, lançamento de livros, reunião das redes de pesquisa e assembleia da SBPJor conviveram com a cultura pujante do Pará todos os dias, concretizando a meta da Associação de chegar a locais que raramente ou nunca receberam o evento, descentralizando e capilarizando os encontros.











