
Paradoxo do cotidiano: as implicações da cultura no processo de construção de identidade do jornalista
Gerson de Sousa
Este livro tem por objetivo identificar as implicações da cultura na construção de identidades do jornalista a partir de dois aspectos fundantes: a memória da formação teórica, seja educação formal seja informal, e a experiência vivida na atividade profissional no cotidiano de Uberlândia (MG). A narrativa desvela a experiência vivida de 10 profissionais que ocupam cargos jornalísticos em emissoras de TV, de rádio, da mídia impressa, da mídia online e de assessorias de imprensa, sendo recem-formados e com mais de 15 anos de profissão..
As articulações de debate podem ser destacadas em quatro vertentes. A primeira vertente está inscrita no momento da sua história de vida em que tomou a decisão de fazer o curso de jornalismo. A segunda vertente está na memória de formação teórica. A terceira vertente está no ingresso do formando ou da atividade prática no mercado de trabalho. E a quarta vertente tem a proposta de analisar se o jornalismo pode ter atribuído em seu sentido o status de história.
Esta obra é um trabalho sobre o jornalismo, mas sustentado na dialética de que a experiência vivida e a cultura, em que esses sujeitos se constroem no cotidiano, definem o movimento cíclico que denominamos conceitualmente de comunicação. A resultante de todo esse processo de entrevista como diálogo está em considerar, em seu profundo paradoxo, que há outros dilemas no sentido da formação teórica e da praticidade do mercado que necessitam ser debatidos, a partir da análise da reformulação das estruturas curriculares dos cursos de jornalismo. Espera-se que as análises realizadas contextualmente, por meio da Análise Cultural dos Estudos Culturais, possam auxiliar na discussão dos rumos da formação do jornalista e da importância da formação teórica cultural para se efetivar o processo comunicativo











