
Margens e fronteiras: reflexões sobre a literatura de Ferréz e o cinema de Cláudio Assis
Henrique Moura
Encontrar um caminho nem sempre é tarefa fácil. Quando não há mapas, ou quando eles são escassos, é ainda mais custoso. Do ponto de vista acadêmico, conceitos e teorias já estabelecidos constituem a cartografia seguida pela larga maioria dos pesquisadores. Porém, assim como as geografias teóricas têm seus cânones, há nessas coleções de mapas buracos negros, terrenos incógnitos, linhas não ultrapassadas. Sertões. E margens. Entre um lado e o outro, o que se sabe e o que se desconhece, estende-se uma zona fronteiriça, um entre-lugar que reivindica sua existência. Em Margens e Fronteiras: Reflexões sobre a literatura de Ferréz e o cinema de Cláudio Assis, o escritor e pesquisador Henrique Moura move-se, justamente, na fronteira. Entre a literatura e o cinema, entre a norma e o desvio, entre a alta cultura e a periferia, Henrique vai mapeando, discutindo, revelando, registrando, desenhando, palavra a palavra, quadro a quadro, a literatura de Ferréz e o cinema de Claudio Assis na natureza híbrida da sua linguagem.
Haverá uma literatura marginal? Um cinema marginal?
Convido o leitor a descobrir aqui.
