Porque a arte importa: como o enativismo explica o valor cognitivo da arte
Thiago Gruner Conceição
Por que andamos milhares de quilômetros para estar na presença de um artista, de uma pintura ou escultura? Por que ficamos por horas de pé, ou mesmo sentados, ouvindo um concerto? Por que um mesmo autor pinta e repinta o mesmo tema, ou um leitor obsessivamente lê e relê o mesmo livro? Por que a arte importa para nós?
Este livro debruça-se sobre esse problema filosófico e defende que a arte possui um valor cognitivo. Ele fica claro quando adotamos uma certa e recente filosofia da cognição: o enativismo.
Formas de expressão como pintura, escultura, dança e música tem um papel central nas comunidades humanas porque transcendem a estética para moldar nossa cognição social, forjar identidades pessoais e sociais, e nos guiar rumo a um entendimento mais profundo de nossa própria vida.
Por trás deste livro está a intuição de que a arte contribui com nosso modo de estar no mundo – nossa experiência dele – e nosso modo de lidar com esse mesmo mundo. Em um sentido importante, a arte nos ensina a viver a vida que é própria dos seres humanos.