Princípios psicanalíticos de transferências e suposições
Organizadores
Estanislau Alves da Silva Filho
Ivan Ramos Estevão
Como desmontar um conceito? Como tornar próprio um conceito? Isto é, fazê-lo servir a si, transformando-o nalgo de si – já que veio de fora-outrem. Bion disse da Grade que a que fez lhe serviu, mas que os outros que fizessem uma para si. Transferência. De Freud e além. Supõe-se que trate de vinculação, relação; supõe-se que possa ser concreto ou concretizar algo, por laço. Amor verdadeiro e falso laço? Cenário e encenação? Atuação conectante ou transposição de sentido? Como escrever um nome próprio numa carta endereçada a outro remetente? Assumir-se destinatário de um destino delimitado? Falar com as próprias palavras. Do Winnicott tinha a ideia de o jargão dar a falsa impressão de compreensão onde ela não existiria. Pedaços expelidos e forçados no outro adentro? No início era e é o verbo? Tudo apanhado no campo de centeio. Com seita, batida e imbatível: mesmo batendo-se muito, nunca se baterá a transferência, liquefeita que possa estar – querida verve de escolhos. Recifes transponíveis e intermináveis, para corrermos o máximo possível de modo a permanecer no mesmo lugar. Eis uma evolução que, transferencialmente, é um retrogresso muito especial. Há que marcar um ponto. E haveria que haver o novo. Fundamentos, Mundos e Fundos, capazes de orientar e pontuar muito do que caberia se dizer sobre o assunto: Princípios Psicanalíticos de Transferência e Suposição.