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Iustitia et misericórdia: o conceito de justiça na obra de Santo Agostinho
Matheus Jeske Vahl
Com a graça imprime-se na consciência e no coração humano o que Agostinho chama de “Lei da caridade”. Com ela o dever moral é cumprido não apenas pelo temor da punição, por vezes sem o entendimento de seu sentido, mas por amor à justiça e seus efeitos, ou seja, trata-se da regra cumprida não por medo da punição, mas com liberdade, sem a soberba de Adão e com a humildade dos justos [...].Na encarnação o natural é assumido pelo sobrenatural em um ato de humildade onde Deus realiza com misericórdia. Ela se expressa na graça como ato gratuito de Deus ao homem; sua finalidade é recuperar a integridade da criação que foi maculada, por isso, não é contrária à liberdade, mas confluente a ela. Neste mesmo sentido, não tem o peso de uma norma, mas a qualidade de uma virtude, que se cultivada no coração humano lhe purifica e assemelha a Deus. A partir do evento da encarnação estabelece-se um paradoxo entre a virtude da humildade negada por Adão e assumida por Deus e o vício da soberba assumido por Adão e negado por Deus, é Cristo que realiza esta inversão abrindo à humanidade um novo horizonte moral.
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