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Religião, arte e cultura: multiplicidades convergentes
Organizadores
José Reinaldo F. Martins Filho
Daniel Carvalho da Silva
É no seio da cultura que a religião se apresenta. A relação entre o ser humano e a cultura é de interdependência. Ambas se constituem e se mantêm mutuamente enquanto tal. Isto porque a imagem de uma natureza humana constante, independente de tempo, lugar e circunstância, de estudos e profissões, modas passageiras e opiniões temporárias, pode ser uma ilusão. O que o homem é pode estar tão envolvido com onde ele está, com quem ele é e no que ele acredita, que é inseparável dele. A antropologia tem a firme convicção de que não existem, de fato, homens não modificados pelos costumes de lugares particulares; nunca existiram e nem poderiam existir. Portanto, não existe uma natureza humana. Os seres humanos são pura e simplesmente o que a sua cultura fez deles. Não dirigido por padrões culturais, o comportamento do ser humano seria virtualmente ingovernável, um simples caos de atos sem sentido e de explosões emocionais, e sua experiência não teria praticamente qualquer forma. A cultura é a totalidade acumulada dos padrões culturais. Ela não é um ornamento da existência humana, mas uma condição essencial para ela, a principal base de sua especificidade (GEERTZ, 1998). Considerando a diversidade de expressões religiosas que compõem a cultura brasileira, as Ciências da Religião muito têm se esforçado para estabelecer a natureza do substrato religioso que subjaz a todas as manifestações e compreensões da arquitetura do sagrado no interior das diferentes formas de nossa multiforme realidade cultural.
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