Tensões na construção identitária polonesa: o caso da Colônia Amola-Faca/Virmond (PR)
Selma Antonia Pszdzimirski Viechnieski
A construção identitária polonesa é o tema gerador desta pesquisa, que buscou desenvolver um estudo sobre a constituição de Virmond, uma colônia de imigrantes poloneses, fundada no início do século XX. Abordam-se as possíveis relações entre a Igreja Católica e a formação identitária, e como essa relação teria marcado a vida dos moradores, estabelecendo práticas e saberes. Para essa compreensão há necessidade de estabelecer conexões com as mudanças ocorridas no interior da Igreja Católica naquele momento, de caráter global, conhecidas como romanização do catolicismo, e também as mudanças em nível nacional, com a busca da afirmação da igreja católica no Brasil. A religiosidade presente entre os imigrantes, com o desejo da continuidade de exercer sua fé vai estar presentes no lar, na escola e na comunidade como um todo. Ao referir-se à colonização dos imigrantes abordam-se questões como identidades individuais e coletivas, permanências e mudanças, e a construção da memória. Através de entrevistas com os imigrantes poloneses e seus descendentes (história oral) e ainda pela utilização de publicações da época pode-se perceber que a fé católica, a nacionalidade, o desejo de construir uma nova vida com a manutenção da polonidade se constituem nos laços que estruturam a identidade da colônia. O conceito de identidade perpassa a análise de todas as questões propostas.
Selma Antonia Pszdzimirski Viechnieski nasceu e cresceu em Virmond, a Antiga Colônia Amola Faca. Graduada em História (UNICENTRO – 1995), e Pedagogia (UCB – 2009). Especialista em Interdisciplinaridade em Educação (UNIBEM – 1998), Gestão Escolar (UNICENTRO – 2011) e História, Arte e Cultura (UEPG – 2013). Mestre em História (UEPG – 2017). Autora de Virmond - Colonização e Desenvolvimento. CESLA - Centro de Estudos Latino-Americanos - Universidade de Varsóvia. Polônia. 1998.
ISBN: 978-85-5696-803-6
Nº de pág.: 219