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Da tragicidade da vida ao sublime da existência: Schopenhauer e o papel da arte na formação do caráter

José Luís de Barros Guimarães

Esta obra consiste numa interpretação da relação entre pessimismo teórico e otimismo prático, entre vida trágica e existência sublime, entre ontologia do sofrimento eudemonologia do consolo tendo como problemática central a temática da educação estética do homem à luz da filosofia de Arthur Schopenhauer. Procura-se identificar, ao longo de três capítulos, de que modo a metafísica do belo descrita pelo pensamento único schopenhaueriano comporta a tese de que a experiência estética e, por conseguinte, o contato cotidiano que as pessoas estabelecem com as belas artes ao longo da vida contribui de modo efetivo para a formação moral dos seres humanos. A análise conceitual deste trabalho filosófico situa-se nas fronteiras entre a estética e a ética na medida em que se têm o intento de descortinar, nas entrelinhas das obras de O mundo como vontade e representação e de Aforismos para sabedoria de vida, se a fruição do belo artístico e o “aclaramento de consciência” decorrente deste tipo de experiência, produz algum tipo de efeito pragmático-moral. O leitor encontrará neste livro que possui em mãos uma abordagem genealógica do conceito de formação (Bildung) - sob o prisma do idealismo e do romantismo alemão - conectadas às reflexões estéticas schopenhauerianas em torno das noções de belo e sublime bem como de um estudo minucioso do desenvolvimento do caráter (inteligível, empírico e adquirido) apresentado pelo filósofo alemão em suas considerações morais sobre o mundo. Pretende-se investigar, portanto, se, por meio da proposta de educação estética da humanidade, em Schopenhauer, é possível extrair algum tipo de valor moral que sirva de consolo existencial em face da tragicidade da vida metafisicamente cunhada pela Vontade. 

 

ISBN: 978-85-5696-658-2

Nº de pág.: 236

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