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Trabalho que Adoece:

resistências teóricas e práticas

Janine Kieling Monteiro; Rosângela Dutra de Moraes; Lêda Gonçalves de Freitas; Liliam Deisy Ghizoni; Emílio Peres Facas (Orgs.)

A precarização ética se alastrou no mundo atual. Trata-se da precarização que trouxe a banalização do mal e, em decorrência, a naturalização da insensibilidade. As mudanças institucionais em todos os âmbitos instauraram novas relações de poder e formas de gestão que atingiram as subjetividades, a sociabilidade e a própria psicopatologia - além de afetar as práticas clínicas. Foi alterada tanto a psicopatologia geral quanto a relacionada ao trabalho. Atrelada aos princípios hegemônicos, constatamos, também, a deformação de instituições em que se realiza a formação profissional para atuação no campo da saúde e as múltiplas áreas abrangidas pelas ciências do trabalho. O desafio principal assumido neste livro é o enfrentamento da precarização ética tal como ela se apresenta na esfera do trabalho, o que significa urgência para a construção de resistências. A percepção da dimensão política presente na engrenagem organizacional é um passo significativo para a ação emancipadora. Nessa ação, é relevante a mobilização por humanização do trabalho e avaliações justas, em que o reconhecimento do sofrimento e dos esforços – e não apenas dos resultados - tenha lugar. Os autores apresentam, portanto, um conjunto de encaminhamentos possíveis para vencer a precarização ética e o sofrimento. Seria o importante começo de um caminho que é, necessariamente, mais longo. As mediações e variações do percurso para alcançar esses objetivos são numerosas, o que foi lucidamente apontado pelos autores dessa obra.

Edith Seligmann-Silva

ISBN: 978-85-5696-648-3

Nº de pág.: 221

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