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Introdução à filosofia da natureza de Santo Agostinho

Ricardo Evangelista Brandão

A presente obra objetiva demonstrar que em seu itinerário cosmológico-filosófico, combatendo os discípulos de Mani, Santo Agostinho sendo densamente influenciado pela Filosofia Neoplatônica de Plotino e pela Teologia Escriturística-Cristã, constrói uma Filosofia da Natureza consistindo como linha mestra da exegese das Escrituras Judaico-Cristãs, mas principalmente do relato da criação exposto nos primeiros capítulos do Livro do Gênesis, porém, com exegese na maior parte das vezes alegórica com prisma neoplatônico. Portanto, em sua filosofia do mundo, Agostinho fez o papel tanto de exegeta bíblico como de filósofo neoplatônico, gerando com isso uma cosmologia filosófica com elementos de ambos, limitando o primeiro para dar coerência filosófica, e o segundo para não contradizer as Escrituras. Estudaremos que a grande força motivadora e norteadora da Cosmologia Agostiniana foi o Dualismo Maniqueu, que entendia que o cosmos é resultado da mistura entre a luz (o bem) e as trevas (o mal), gerando assim seres que têm em suas naturezas partículas de luz e trevas, resultando assim a tese de que existem criaturas más e feias por natureza. Idéias como estas defendidas pelos Maniqueus de seu tempo, conduziu Agostinho a teorizar acerca de vários aspectos de sua Cosmologia, desde a teoria do início e processo da formação do mundo, à teoria do ordenamento holístico-cósmico, defendendo a tese de que o cosmos possui uma única fonte (creatio ex nihilo), Deus, e como ele é o Sumo Bem, a Natureza tanto perspectivada em cada criatura em particular, como pelo prisma da totalidade é boa, bela e perfeita.

 

Ricardo Evangelista Brandão é Doutor em Filosofia pela UFPE, Mestre em Filosofia pela UFPB, Graduado em Filosofia pela UNICAP; Atualmente é professor efetivo de Filosofia do Instituto Federal de Pernambuco, onde lidera um grupo de pesquisa denominado: Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Educação e Ciências Humanas - IFPE, e coordena o projeto de pesquisa POR UMA JUSFILOSOFIA AGOSTINIANA: a apropriação feita por Agostinho do conceito de justiça de Aristóteles, Cícero e da Teologia Cristã e a possibilidade de aplicação à sociedade do Agreste Pernambucano. E-mail: ricardobrand75@gmail.com

 

ISBN: 978-85-5696-601-8

Nº de pág.: 174

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