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A efetividade da participação política de mulheres quanto à questões de gênero: mulheres eleitas promovem políticas públicas para mulheres?

Júlia Monfardini Menuci 

Esta obra analisa a participação feminina na política através de uma pesquisa quantitativa e qualitativa acerca da eleição de mulheres prefeitas no Estado do Rio Grande do Sul para o mandato de 2013 a 2016, averiguando se essas gestões promoveram políticas públicas específicas para mulheres. Fomentada na trajetória do movimento feminista, essa pesquisa avalia a evolução humana, bem como as origens da desigualdade de gênero. A pesquisa também informa sobre a trajetória da conquista dos direitos políticos para as mulheres através do movimento sufragista, utilizando-se de um panorama internacional e nacional. A pesquisa se deu de modo que foram analisadas as cidades do Estado do Rio Grande do Sul no final do ano de 2012, selecionando as que haviam elegido mulheres na administração municipal. A partir disso, buscou-se a existência de Secretarias para as mulheres, Coordenadorias, Conselhos, Delegacias e Casas de Passagem naqueles municípios. Diante da pesquisa histórica desenvolvida, e da redemocratização do país a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, conclui-se que, em que pese a Lei de Cotas Partidárias tenha sido um elemento de impulsão da figura feminina na política, facilitando, em partes, sua entrada nesse espaço, a participação política das mulheres ainda é carente quanto ao número de colaboradoras, como também carente quanto ao modo de fazer política, reprisando os moldes masculinos de governar e demonstrando a falta de representatividade feminina. A metodologia utilizada para embasar o estudo se pautou no método hipotético-dedutivo, a partir do qual diante da constatação de uma lacuna frente ao objeto de estudo, formulam-se hipóteses, e através da inferência dedutiva, observa-se a ocorrência de fenômenos abrangidos pela hipótese. Os resultados demonstraram, no contexto pesquisado, que a eleição de mulheres nos municípios do RS não significou a implementação de políticas públicas para mulheres, perpetuando a tradicional forma patriarcal e a pauta masculina utilizada para fazer política. Portanto, a atuação feminina na política ainda é considerada insignificante, e há ainda um longo caminho a ser percorrido para que as mulheres passem a deter representatividade, de modo que a eleição dessas para cargos de gestão possa significar um avanço e empoderamento para as mulheres de sua comunidade.   

 

ISBN: 978-85-5696-571-4

Nº de pág.: 192

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