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Fé e Razão na Idade Média

Itamar Luís Gelain; Luis Alberto De Boni (Orgs.)

Mais do que ninguém, Ockham tinha consciência da fragilidade teórica da harmonia entre razão e fé, bem como do caráter subsidiário da Filosofia em relação à Teologia. As tentativas de Tomás, Boaventura e Escoto no sentido de mediar a relação entre razão e fé com elementos aristotélicos ou agostinianos, através da elaboração de complexas construções metafísicas e gnosiológicas, pareciam-lhe inúteis e danosas. O plano do saber racional, baseado na clareza e evidência lógica, e o plano da doutrina teológica, orientado pela moral e baseado na luminosa certeza da fé, são planos assimétricos. Não se trata apenas de distinção, mas de separação. [...] As verdades de fé não são evidentes por si mesmas, como os princípios da demonstração; não são demonstráveis, como as conclusões da própria demonstração; não são prováveis, porque parecem falsas para os que se servem da razão natural. O âmbito das verdades reveladas é radicalmente subtraído ao reino do conhecimento racional. A Filosofia não é serva da Teologia, que não é mais considerada ciência, mas sim um complexo de proposições mantidas em vinculação não pela coerência racional, e sim pela força de coesão da fé.

 

Giovanni Reale & Dario Antiseri

ISBN: 978-85-5696-562-2

Nº de pág.: 208

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