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Um lugar de memória para a revolução farroupilha: a Construção do Monumento a Bento Gonçalves da Silva em Porto Alegre 1934-1936

Luciano Braga Ramos

A pretensão deste trabalho é procurar, por meio de diferentes documentos, perceber como se deu a produção do monumento a Bento Gonçalves da Silva em Porto Alegre, em meados da década de 1930, explicando-a a partir da apropriação das memórias farroupilhas pelos historiadores e intelectuais sul-rio-grandenses. Quero perceber como foi trabalhada a (re) adaptação de uma memória sobre o gaúcho e compreender como esse fato contribuiu para a construção de um lugar de memória para a Revolução Farroupilha em Porto Alegre. Para tanto, procuro verificar o modo como se deu a formação do imaginário de brasilidade do gaúcho, alicerçado numa base de cunho regional. Parto do plano teórico e intelectual e, transitando pelas práticas políticas, chego à materialização da memória no bronze do monumento a Bento Gonçalves da Silva. O que se vê no monumento, ao fim e ao cabo, é uma memória que se perpetua e, a cada conjuntura, vem reforçando a ideia de “heroicidade” do gaúcho no ajustamento da memória coletiva fomentando, dessa forma, o imaginário coletivo sul-rio-grandense em torno da história da Revolução Farroupilha. 

ISBN: 978-85-5696-526-4

Nº de pág.: 323

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