Cabo Verde: o paraíso do Atlântico colonial
Agata Błoch
“Cabo Verde – Paraíso do Atlântico Colonial” conta a história de um pequeno arquipélago atlântico nos primórdios do mundo global. No século XVI, tornou-se o coração responsável pelo percurso das ideias, pessoas, mercadorias e conhecimentos através de todo o Império colonial português, envolvendo várias heranças e tradições culturais. Foi um lugar de transplantação de inúmeras espécies vegetais e animais, um verdadeiro campo de experimentação e um lugar estratégico no cruzamento das mais importantes rotas marítimas. Tudo o que foi enviado de África para a América ou para a Ásia, passou por um processo de adaptação em Cabo Verde. Plantas e animais foram sendo aí preparados para a reexportação, enquanto os escravos foram submetidos a um processo de adaptação, sendo batizados no porto da Ribeira Grande, sede da missão cristã em África, onde lhes era ensinada a língua portuguesa e onde eram obrigados a aceitar as matrizes culturais básicas dos Europeus. As novas circunstâncias permitiram o nascimento de uma sociedade distinta e mista, que foi obrigada a aprender tudo a partir do zero. Surpreendentemente rápido, conseguiram ultrapassar as suas fronteiras, contribuindo para a difusão cultural e comercial da Europa, da América, da África e da Ásia, sendo o Cabo Verde um ponto de encontro de quatro continentes. Na fronteira de vários mundos, aproveitou um pouco de cada um deles. Cabo Verde foi principalmente um espaço de oportunidades para as ideias místicas, os sonhos e os medos ocidentais, permanecendo o paraíso do Atlântico colonial. Contudo, foi verdadeiramente um paraíso para todos?
ISBN: 978-85-5696-514-1
Nº de pág.: 184