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A profanação do Improfanável: o “Capitalismo como Religião” e uma reflexão ética a partir de Agamben

Bruno Anderson Souza da Silva

O presente estudo tem como tema a análise de como, nos dias de hoje, o capitalismo pode ser considerado uma religião. Essa religião capitalista, diferentemente das demais religiões conhecidas, não visa a salvação, mas sim, a destruição. Pois, por meio dos diversos mecanismos que a servem, faz com que as pessoas se sintam culpadas, as tornando cada vez mais individualistas, egocêntricas e consumistas. Ao concentrar o capital nas mãos de alguns poucos; e condenando muitos outros à morte ou à criminalidade, o capitalismo age como uma epidemia religiosa sistêmica, incluindo a seus “fiéis” a ausência de percepção dessa condição. Essa dissertação apresenta também como, atualmente, não é mais possível afirmar que se faça política: o que existe é biopolítica, que tem o controle e regulação/ normatização dos corpos dos viventes como principal objetivo. Esse domínio é exercido por meio da disciplina e do controle, obtido a partir dos mais diversos dispositivos, imperando um estado de exceção. Por fim, o trabalho propõe como uma comunidade de singularidades pode reverter essa religião capitalista, ou, ao menos, minimizar seus efeitos a médio prazo, auxiliando para que os homens voltem a fazer política, fugindo assim da biopolítica e, consequentemente, do capitalismo.

 

Bruno Anderson Souza da Silva é Doutorando em Filosofia na linha de pesquisa (Ética e Filosofia Política/ Estado e teorias da justiça) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Filosofia com foco em Ética pela Universidade de Caxias do Sul (2017), formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda (2014) e Fotografia (2018) pela mesma instituição. Além de pesquisador também atua como produtor independente nas seguintes áreas: Fotografia, Direção, Direção de Fotografia, entre outras.

ISBN: 978-85-5696-476-2

Nº de pág.: 183

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