A crise ambiental que vivemos é fruto, principalmente, das ações irresponsáveis do homem sobre a natureza. Com o advento das tecnologias e a predominância da economia nas relações humanas, os recursos naturais passaram a ser vistos como fontes inesgotáveis de matéria prima. O desenvolvimento tecnológico propiciou a criação de técnicas capazes de interferir diretamente na vida, as chamadas biotecnologias. O conhecimento científico aliado ao critério economicista de desenvolvimento e cultura antropocêntrica possibilitou a intervenção humana em todos os ecossistemas. Ao lado da devastação e desequilíbrio do meio ambiente observou-se o surgimento de doenças nas populações e a partir de estudos realizados identificou-se a íntima ligação entre a saúde do meio ambiente e a saúde humana. A temática ambiental tornou-se assunto de interesse global e a busca pelo desenvolvimento sustentável passou a ser prioridade das nações. A legislação brasileira está entre as melhores legislações no tocante à temática ambiental, sendo que o meio ambiente equilibrado é reconhecido como direito individual e coletivo, embora os recursos naturais continuem a ser degradados. A partir dessa contextualização o presente trabalho propõe defender uma mudança de paradigmas da sociedade para buscar a religação da relação homem-natureza, proposta pelo pensamento complexo de Edgar Morin. Para tanto, sustenta a reforma do pensamento e a adoção de políticas públicas como meios de promover a cidadania ecológica e a qualidade de vida. O trabalho foi subsidiado com resultados da pesquisa bibliográfica e apresentação de estudos de casos desenvolvidos pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande – FURG.