![](https://static.wixstatic.com/media/48d206_0eca39bb9199464ba1c114ff2aa8fd7e~mv2_d_1202_1600_s_2.jpg/v1/fill/w_216,h_288,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/48d206_0eca39bb9199464ba1c114ff2aa8fd7e~mv2_d_1202_1600_s_2.jpg)
![Paul Klee, Angelus Novus. Nanquim, giz pastel e aquarela sobre papel, 1920.](https://static.wixstatic.com/media/48d206_1027d008c7be4886a0c136b45f2f9d1e~mv2.jpg/v1/fill/w_328,h_465,al_c,q_90,enc_auto/48d206_1027d008c7be4886a0c136b45f2f9d1e~mv2.jpg)
Direito e/ao desenvolvimento: ensaios transdisciplinares
Fernando Danner; Leno Francisco Danner; Marcus Vinícius Xavier de Oliveira (Orgs.)
Há um quadro de Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.
Walter Benjamim
Teses sobre o conceito de história, tese 9.
ISBN: 978-85-5696-029-0
Nº de pág.: 365