top of page
A troca informacional entre o modelo fisiológico de organismo e concepções de organização político-social: política, técnica e ciências da vida a partir de Georges Canguilhem.

A troca informacional entre o modelo fisiológico de organismo e concepções de organização político-social: política, técnica e ciências da vida a partir de Georges Canguilhem.​

Vanessa Nicola Labrea

O presente estudo aborda o problema da assimilabilidade entre modelos de organismo fisiológico e de organização político-social, pautado principalmente pelo uso homólogo do conceito de regulação  entre os domínios científico e político. Os trabalhos em filosofia e história das ciências de Georges Canguilhem (1904-1995) permitem abordar o uso de modelos no âmbito das ciências da vida e analisar o trânsito informacional entre o âmbito político-social e médico-biológico, segundo os níveis estrutural, funcional e normativo. Discute-se, a partir daí, o viés “protético” da vida e o viés biológico da técnica. As considerações de Canguilhem convergem para determinação de sua obra enquanto campo de interação entre as quatro categorias: política, científica, vital e tecnológica. A individualidade orgânica e o modo de organização das sociedades humanas são discutidas pelo filósofo à luz da sociologia de Auguste Comte e Emile Durkheim, da fisiologia de Claude Bernard, de René Leriche, de François Broussais, de Xavier Bichat, da filosofia tecnológica de Alfred Espinas, de A.A. Cournot e outros cientistas/filósofos ambientados na França dos séculos XIX e XX. Georges Canguilhem é habitualmente classificado no quadro da chamada Epistemologia Histórica, em conjunto com Michel Foucault, Gaston Bachelard e Jean Cavaillès. Em suma, este livro aponta para um aporte teórico extraído da obra canguilhemeana enquanto contribuição à busca de métodos filosóficos para pensar o enredamento entre técnica, política, e ciências da vida, domínios que se mostram interagentes na produção de saber e de ação.

ISBN: 978-85-66923-86-5

Nº de pág.: 208

bottom of page