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O ensino da escrita na universidade: um estudo sob as perspectivas linguística e antropológica da enunciação

Silvana Silva

Roland Barthes, logo na primeira página de seu belo ensaio, Escritores, intelectuais, professores, afirma um paradoxo: “é a fala, efêmera, que é indelével, não a escrita, monumental.” O livro ao qual tenho o prazer de fazer anteceder estas palavras toca nesse paradoxo de uma maneira absolutamente original: pela via do efeito que a palavra do professor – falada e escrita – tem sobre o fazer do aluno para que este possa se instituir como sujeito no espaço escolar e, também, para além dele. A teoria mobilizada pela professora Silvana é a teoria enunciativa de Émile Benveniste. Há, nesse ponto, uma grande originalidade. Benveniste não formulou, no conjunto de sua obra, nada que se assemelhe às considerações feitas aqui. A originalidade, neste ponto, decorre, portanto, de uma leitura atenta do texto benvenistiano para depreender dele algo que – mesmo não explícito – ali estava em potencial. O livro de Silvana Silva ilumina a escrita de Benveniste, propõe novas interpretações para o já conhecido, resgata noções cujo sentido já havia se perdido no mar das repetições. Então, caro leitor, anote: este livro traz uma contribuição significativa aos estudos enunciativos. De um lado, relendo a teoria pelo viés antropológico; de outro, deslocando-a para uma realidade nunca antes investigada sob esse olhar.

Valdir do Nascimento Flores

ISBN: 978-85-5696-535-6

Nº de pág.: 264

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