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Mobilização das mulheres em enunciados de jornais brasileiros (1979-1988)

Cynthia Mara Miranda

Os feminismos têm uma relação mais direta com o descentramento conceitual do sujeito cartesiano e sociológico ao questionar a clássica distinção entre o "dentro" e o "fora"; o privado e o público. O principal slogan dos movimentos feministas na modernidade tardia, e até hoje, é “o pessoal é político”. Assim, as feministas abrem a seara da contestação política a arenas inteiramente novas de vida social: a família, a sexualidade, o trabalho doméstico, a divisão doméstica do trabalho, o cuidado com as crianças, a carreira. As mulheres feministas também enfatizam, como questão política e social, a forma como são produzidos sujeitos generificados. Então, também aqui no Brasil, desde os anos 1970, o que começou como movimento dirigido à contestação da posição social das mulheres expandiu-se para incluir a formação das identidades sexuais e de gênero. Como escreve Cynthia, essa nova conceituação para análise dos movimentos sociais surge na segunda metade do século XX, frequentemente associada às mudanças ocorridas nas sociedades pós-modernas. Vários movimentos sociais se fazem presentes. Além do movimento feminista, ressalta o movimento negro e o movimento ambientalista. A autora enfatiza o protagonismo dos feminismos, ao citar que há consenso entre teóricos/as de diversas áreas do conhecimento sobre o fato de que o Século XX foi marcado pelo feminismo devido a sua grande capacidade subversiva e de mobilização. “Diante de uma cultura política profundamente autoritária e excludente, permitiu às mulheres uma insurreição maciça e global contra seus opressores.”.

Profª Drª Sandra de Souza Machado 

ISBN: 978-85-5696-049-8

Nº de pág.: 88

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